Furar a Neve foi criado a partir da ideia de extinção e dos discursos e mitologias contemporâneas a ela associados. Nesta curta-metragem apresentam-se outras performatividades que não as humanas e joga-se com a ideia de biodiversidade e de relações interespécies. Abandonando a perspectiva catastrofista e apocalíptica vinculada à não-ação, Furar a Neve põe em evidência outras mitologias de subsistência de futuro. Neste gesto de abandono, a importância de contar histórias e a criação de novas narrativas que incluam um fim apresentam-se como uma alternativa à ideia de “fim da ficção” e como reativação da capacidade de ficcionar um futuro, que irremediavelmente conterá um termo, um finito, um caput, contrariando as ideias capitalistas e extrativistas sem fim à vista.
Joana Magalhães
Realização, Guião, Produção e Direção de Arte: Joana Magalhães
Direção de fotografia: Paulo Pinto
Interpretação: Joana Magalhães
Produção, Caracterização e Duplo: Maria Inês Marques
Decoração e assistentência de platô: Susana Paixão
Execução de figurino: Paula Cabral
Captação de som, Banda sonora e pós-produção áudio: Vasco Ferreira
Edição de vídeo: Vasco Mendes
Apoios: República Portuguesa - Ministério da Cultura, Campus Paulo Cunha e Silva, Jardim Botânico da Universidade do Porto, Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, Zero Box Lodge, Publivez, UMA
Agradecimentos: Diana Pereira, João Barreto, Mafalda Lencastre
Classificação etária: M/6
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