A programação de verão do FITEI Digital propõe uma travessia performativa, musical e documental entre Portugal e o Brasil, que terá como “portos” temas como e/imigração, diálogos e tradução interculturais, performatividade queer, resistência, destruição e o legado colonialista e extrativista de Portugal e outras potências ocidentais no Brasil.
Com lançamento marcado para o dia 8 de julho, este segundo momento curatorial terá como foco a estreia de SUPERPUTA, o novo trabalho da artista luso-brasileira Diego Bragà. Esta obra híbrida, que cruza um EP de quatro canções com um álbum visual, será a obra inaugural da Coleção Inédita, uma nova iniciativa do FITEI Digital que se concretiza na encomenda de um trabalho inédito de ume artista ibero-americane, pensado para transmissão digital.
Inspirada por universos tão díspares como o das bandas desenhadas de super-heróis, da Playboy Brasil, ou do Vaticano, Diego Bragà convoca, em SUPERPUTA, o seu alter ego heróico, uma figura que veio para derrotar dois dos grandes némesis de todes nós: o patriarcado tóxico e a repressão de religiões organizadas, como o Vaticano.
SUPERPUTA terá estreia presencial absoluta no dia 8 de julho, no Passos Manuel (Porto). A estreia na plataforma online será no dia 14 de julho. O lançamento será acompanhado pela exibição de uma entrevista inédita com a artista e pela transmissão, em modo retrospetivo, de outros trabalhos de Diego Braga: a curta-metragem Penso no Futuro Bonito pela Frente (2022, produzido e difundido pelo NYT Op-Docs) e Geografia do Amor (2020), que cruza música com narrativa cinematográfica.
A programação traz ainda para a plataforma online do FITEI Digital três espetáculos recentes que dispõem de dramaturgias e metodologias de pesquisa experimentais através das quais investigam legados históricos, assim como dinâmicas políticas, sociais e ambientais que marcam o atual contexto brasileiro. É o caso de BRASA (2021), de Tiago Cadete, que se debruça sobre os recentes fluxos migratórios entre Brasil e Portugal, a partir das experiências de migrantes Portugueses e Brasileiros que integram o espetáculo.
TEATRO AMAZONAS (2020), de Laida Azkona Goñi (ES) e Txalo Toloza-Fernández (CH), cruza procedimentos do teatro verbatim, formas animadas (objetos), música incidental e vídeo para inventariar diferentes tipos de violência na região amazónica, desde os massacres de povos originários à exploração económica da Amazónia e assassinatos de lideranças indígenas, ribeirinhas e defensores ambientais.
O Teatro do Concreto traz-nos FESTA DE INAUGURAÇÃO (2019), um espetáculo que é o resultado de um longo processo de pesquisa sobre os ciclos recorrentes de destruição e reconstrução. O ponto de partida para o coletivo de Brasília foi a descoberta, durante a manutenção do salão verde do Congresso Nacional, em 2011, de frases escritas por trás das paredes pelos operários responsáveis pela construção do prédio, inaugurado em 1960.
Tal como em março, a programação principal será acompanhada pela secção PARALELO, um rizoma de conteúdos relacionados, que trazem aos espectadores contexto e perspectivas sobre as obras selecionadas.
Órgãos sociais
Assembleia Geral
Presidente João Maia
Vice-Presidente Júlio Gago
Secretário Sónia Cardoso
Direção
Presidente Jorge Silva Pinto
Vice-Presidente Gonçalo Amorim
Tesoureiro António Vieira
1º Secretário Júlio Filipe Cardoso
2º Secretário Paulo Vinhas
Vogal Isabel Menezes
Vogal Manuela Espírito Santo
Conselho Fiscal
Presidente Pedro Caminha
Secretário António Pedro Afonso
Secretário Teresa Leal
Equipa
Direção Artística FITEI Gonçalo Amorim
Curadoria artística FITEI Digital Maria Inês Marques
Direção de Produção Rita Soares
Coordenação de Comunicação e Assistência à Direção Bruno Moreira
Coordenação de Acessibilidade e Assistência de Produção Rute Marques da Silva
Comunicação e imprensa Rita Neves
Multimédia José Freitas
Departamento Financeiro Emília Moreira